Era uma vez… Quando começamos uma fala ou um texto com essas três palavrinhas mágicas, rapidamente conquistamos a atenção de quem escuta ou lê, não importa a idade. Isso revela um fato sobre todos nós: desde crianças, somos apaixonados por ouvir e contar histórias. Elas movem o mundo, abrem corações, arrancam lágrimas e sorrisos, nos humanizam.
Ciente do potencial que há nas histórias, em 1993, o estadunidense Joe Lambert começou a estudar modos de inseri-las na comunicação para fins de marketing. Depois, o escritor Joseph Campbell apresentou a famosa “Jornada do Herói” em seu livro “O Herói de Mil Faces” e, com isso, instaurou um marco que nos levou àquilo que hoje conhecemos como Storytelling.
Para falar, precisa dobrar a língua. Para fazer, só precisa deixar a mente livre para imaginar e criar. O Storytelling diz respeito à arte de contar histórias a partir de uma técnica que coloca enredo, narrativa e personagens em cena. Embora tenha surgido na e para a comunicação digital, essa prática já foi muito além. Saiu das telas e chegou às salas de aulas.
Tem muito professor por aí praticando o storytelling como método pedagógico e descobrindo essa ferramenta como aliada da educação. Os estudantes se envolvem muito mais com o conteúdo quando ele é contado em forma de história. Quer ver?
Em vez de falar simplesmente que D. Pedro I declarou a Independência do Brasil, prefira dar mais emoção ao relato: “a relação da colônia com a monarquia já estava bem desgastada, por um fio que poderia se romper a qualquer momento. No final do inverno de 1822, às margens do rio Ipiranga, D. Pedro o rompeu de vez e para sempre”.
Percebe a diferença? Essa técnica pode ser aplicada a qualquer disciplina. Por exemplo, em vez de falar uma fórmula matemática, prefira contar a história por trás dela e desenvolva narrativas para aplicá-las no cotidiano.
O storytelling dá clima, contexto e sensibilidade ao conteúdo. Ele proporciona outro tipo de experiência para o ensino e aprendizagem. Sempre que possível, conte com recursos audiovisuais e objetos para contar histórias. Por exemplo, ao o falar sobre a cultura ancestral, traga elementos de sua culinária.
Lembre-se que sua criatividade sempre pode enriquecer o storytelling!