A maneira de encarar a infância está dividida em “antes” e “depois” da era digital. Agregando-se a isto, o confinamento social durante o período mais crítico da pandemia fez com que os computadores e celulares fossem os únicos amiguinhos disponíveis para brincar. A pesquisa TIC Kids Online Brasil apontou para um crescimento no número de crianças conectadas. Ao todo 93% da população infantil tem acesso à internet atualmente. O que esses dados representam? Há muitos riscos envolvidos.
Claro que a internet tem sua gama extensa de benefícios. As crianças têm mais acesso a programas de entretenimento para suas respectivas idades, conseguem conversar com os coleguinhas pelas redes sociais, acessam vários joguinhos educativos. Até a dinâmica da escola mudou com a digitalização. No entanto, ainda assim, não podemos fechar os olhos para os perigos.
Crianças e adolescentes que navegam pela internet sem monitoramento de responsáveis estão vulneráveis a compartilhar dados com plataformas e/ou pessoas suspeitas. Foto, nome, idade, lugar onde mora, lugar onde estuda. Todas essas informações podem causar estragos irreversíveis caso parem nas mãos erradas.
Além disso, há o constante risco de acessar sites inapropriados, sofrer cyberbullying e criar algum tipo de dependência ou alienação. Por todas essas razões, precisamos cuidar da relação entre crianças e internet. Confira algumas maneiras de fazer isso:
1. Diálogo
Nunca subestime a idade da criança para ter uma conversa séria e importante com ela. Alerte sobre os riscos e oriente-a para que nunca compartilhe informações pessoais na internet.
2. Limites
Estabeleça um tempo limitado para o uso de aparelhos eletrônicos, bem como uma ordem para que esse uso seja feito após o cumprimento de outras prioridades, como as tarefas de casa e a arrumação da cama.
3. Classificação Indicativa
Verifique sempre a indicação de cada site e respeite a classificação de acordo com as idades. Se a própria plataforma assume ser inapropriada para menores de 16 anos, por exemplo, por que você arriscaria a segurança de seu filho com isso?
Não esqueça de outras medidas, como deixar o computador em áreas comuns da casa e preencher a rotina da criança com outras opções de entretenimento e afazeres para que ela não dependa o tempo inteiro da internet. O uso de informações pessoais de forma inadequada, nestes tempos de conectividade extrema, é um grande risco. Portanto, vamos começar rotinas de educação virtual com alunos e filhos?