Chegou a hora temida (mas que pode ser interessante) de encarar a lista de livros obrigatórios para o vestibular. É claro que esta pode parecer uma tarefa gigante, mas fique calmo! Que tal conferir algumas técnicas promissoras para tornar esta leitura não só produtiva, mas também prazerosa? Afinal, a escolha destes materiais como critério avaliativo dos processos seletivos tem muitas razões de ser. Algumas obras são verdadeiras pérolas da literatura.
Mas antes de enfrentar este desafio é importante ter algo em mente. Greg McKeown, em seu livro “Sem Esforço”, reflete sobre uma interessante questão: assim como um computador, nosso cérebro tem limite de processamento. Quando ficamos exaustos, o retorno sobre o esforço é reduzido drasticamente. É como tentar rodar um jogo pesado em um computador antigo. Dificilmente funcionará, certo? Portanto, o primeiro passo nesta jornada é simplificar tarefas e cuidar da saúde mental.
Ou seja, é preciso “limpar o disco rígido” do cérebro para que ele funcione melhor. No caso da leitura de livros exigidos pelos vestibulares, isso significa encontrar maneiras de tonar o processo de apreensão mais leve e eficiente. Confira alguns passos que podem ajudá-lo nesta tarefa.
1. Crie uma rotina de leitura personalizada
A primeira coisa a ser feita é tirar da cabeça que a leitura para o vestibular é um sacrifício. Pense nisso como uma jornada de descoberta! Crie uma rotina que funcione para você. Quem sabe, ler um número fixo de páginas por dia ou dedicar um tempo específico à leitura a cada semana. Outra dica interessante é aproveitar os momentos “mortos” do dia. Se você precisa fazer uma viagem de ônibus até a escola, ou esperar na fila de algum estabelecimento, por exemplo, este é um momento ideal para consumir algumas páginas. Aos poucos, o processo de leitura acontecerá, e o melhor de tudo é que não gerará estresses. É importante, também, ter em mente a quantidade de páginas de leitura exigida (ao total), para que você possa separar tempo adequado para todas. Planejar é sempre o melhor caminho!
2. Leia a obra completa (sim, inteira!)
A tentação de pegar só o resumo é grande. Mas acredite: ler o livro inteiro faz toda a diferença! Cada pessoa tem uma interpretação única, e você pode notar detalhes que ninguém mais percebeu. Além disso, muitas questões do vestibular exploram elementos específicos da obra que não aparecem em resumos. Então, mergulhe fundo na história. Quem sabe você não descobre seu novo livro favorito?
3. Desvende os segredos da obra
Nesta etapa entra a parte detetivesca (e divertida!). Analise a estrutura e os elementos literários do livro. Pense nisto como o ato de decifrar um código secreto. Identifique: 1) a estrutura (é um romance, conto poesia?); 2) a temática (quais os principais assuntos abordados?); 3) a escola literária (é Romantismo, Realismo, Modernismo?); 4) o estilo narrativo (quem conta a história? Como?). Fazer isto ajudará não apenas na compreensão da obra, mas também na preparação para perguntas mais técnicas que podem aparecer na prova.
4. Contextualize, meu caro Watson!
Entender o contexto histórico, social e político da obra é como ter uma lupa para enxergar detalhes ocultos. Por que os personagens agem de certa forma? Que mensagem o autor queria passar? Essa análise é crucial para entender metáforas, críticas sociais e outras camadas mais profundas do texto. Esse conhecimento pode ser um trunfo na hora de escrever a redação!
5. Conecte os pontos entre as obras
Esta é uma técnica poderosa: comparar as obras da lista entre si. Encontre semelhanças e diferenças. Isso não só ajuda a fixar o conteúdo, mas também o preparará para questões interdisciplinares, que são cada vez mais comuns nos vestibulares. Uma boa ideia é fazer um mapa mental (ou físico) colorido, conectando todos os trabalhos. A visualidade ajuda a organizar informações.
6. Multimídia é a chave
Depois de ler o livro, dê uma olhada nas adaptações. Filmes, séries, peças de teatro – tudo vale! Mas atenção: faça isso depois da leitura, para não influenciar sua interpretação original. Ver a história em outro formato pode clarear pontos que ficaram confusos e trazer novas perspectivas. Além disso, é uma forma mais relaxada de revisar o conteúdo.
7. Seja o mestre do resumo
Nesta etapa, é hora de colocar a mão na massa. Faça seu próprio resumo da obra. Destaque o que achou mais importante em suas palavras. Esta é uma maneira excelente de fixar conteúdo e gerar material personalizado para revisão. Se for possível, crie sistematizações e diagramas coloridos, relacionando personagens, eventos-chave e temas centrais. Isto ajudará o cérebro a lembrar quando houver necessidade.
Leitura como experiência
Ler não é sobre memorizar fatos para provas. É uma chance de expandir horizontes, conhecer novas ideias e, até mesmo, se conhecer melhor. Cada livro é uma porta para um mundo diferente. Muitas vezes, nas histórias consumidas encontramos conexões com nossas próprias vidas e nossa comunidade. Outra forma importante de fixar o aprendizado da leitura é encontrar espaços de compartilhamento e troca. Junte-se a seus colegas que, também, estão fazendo a leitura para discutir ideias e percepções da obra. Assim, podem surgir ótimos insights e a tarefa pode ser divertida.
Não se esqueça, para evitar a sobrecarga cerebral, organize-se! Tenha uma meta realista de leitura (para o dia ou a semana). Alguns livros serão mais divertidos e fáceis, outros mais complexos e cansativos. Mas não desanime. Se for possível, contextualize-se sobre a obra antes, para entrar na leitura com expectativas corretas. Não exagere, lembre-se de que tudo deve ser feito com equilíbrio. Leia por períodos pré-estabelecidos, faça pausas, crie tempo para refletir sobre o que foi consumido. Anote dúvidas e busque esclarecimento com professores, colegas ou, até mesmo, na internet.
A jornada não é fácil, mas ela não precisa ser aterradora. Com paciência, planejamento e mente aberta esta etapa pode ser vencida com sucesso. Como bônus, você terá ampliado seu mundo e suas percepções. Quem sabe você não descobre uma paixão pela literatura no processo? Boa sorte!