Estar preparado para os desafios atuais, na escola ou mercado de trabalho, é uma das grandes preocupações de estudantes da nova geração. Nos últimos anos a escola tem procurado inserir em seus programas uma abordagem pedagógica que se preocupe em desenvolver habilidades relacionadas à criatividade, inovação, liderança, identificação de oportunidades, tomada de decisões e produção de soluções otimizadas. Tudo isto tem o objetivo de formar estudantes mais proativos no cotidiano.
Empreender não é apenas iniciar um novo negócio, mas abarca aprender competências que podem ajudar a alcançar sucesso em qualquer área da vida. A educação empreendedora responde, em alguma medida, certos direcionamentos da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC. Os novos caminhos sugeridos à educação incentivam o fomento a autonomia e cidadania nos alunos. Focar-se em práticas que visem ao desenvolvimento de projetos ou a criação de sistemas e soluções é uma ótima maneira de lidar com o tema na escola.
Alguns dos principais benefícios de se dedicar à práticas de uma educação empreendedora são:
1. Aprendizado de trabalho em equipe e desenvolvimento de Soft Skills
Habilidades de colaboração e gestão de tempo são essenciais na contemporaneidade. Uma educação empreendedora pode ensinar estratégias de trabalho em equipe, a importância de otimizar o trabalho, competências decisórias fundamentais para ter sucesso na vida cotidiana e profissional. Por outro lado, ela pode também ajudar no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas necessárias para interagir e transitar em variados ambientes do mundo. Aprender a lidar com indivíduos, motivar e inspirar grupos rumo a objetivos comuns é essencial para o futuro.
2. Potencialização da imaginação e criatividade
Uma importante ferramenta a ser desenvolvida na vida é a criatividade. Embora muitos acreditem que esta característica é inata, a ciência comprova que ela pode ser ensinada, construída. Na educação empreendedora há um incentivo para “pensar fora da caixa”, olhando os problemas de novas perspectivas, considerando variáveis incomuns. Desta forma, dinamiza-se as relações, competências e soluções envolvidas nas situações enfrentadas.
3. Aprendizado sobre empreendedorismo social
Pensar o mundo, as relações, as formas de trabalho e os produtos a partir de soluções inovadoras e sustentáveis é um movimento conhecido como empreendedorismo social. Neste caso, o importante é gerar impacto positivo na sociedade, acima de qualquer lucro. Aprender a olhar as oportunidades futuras deste ângulo pode ser uma ótima ferramenta para estudantes.
Como colocar isto em prática na escola? Estudantes ou professores podem sugerir algumas ações específicas, que se encaixem na rotina e estrutura da escola. Confira.
1. Criar uma startup
A criação de uma startup na escola pode ser uma atividade enriquecedora para estudantes. É uma forma de oferecer a oportunidade de aplicar conceitos teóricos a situações reais, a um ambiente de prática. Uma startup é uma empresa jovem e inovadora (e neste caso, laboratorial) que se foca em criar modelos de negócios escaláveis e reproduzíveis e oferecer soluções para desafios específicos. Ainda que este conceito se ligue, na maior parte dos casos, ao universo digital e tecnológico, é um tipo de empreendimento que ensina a pensar “fora da caixa”. Muitas startups podem desenvolver tecnologias que, posteriormente, poderão ser incorporadas por grandes empresas. Os alunos podem, neste ambiente, imaginar produtos, serviços, modelos de atuação e interação inovadores.
2. Organizar oficinas de tecnologia
No mundo contemporâneo o conhecimento de tecnologias (principalmente as digitais) pode ser o grande diferencial do estudante. Conhecer e saber manipular variadas ferramentas permite um acesso mais amplo à informações e oportunidades. No mundo dos negócios, por outro lado, este conhecimento pode transformar a maneira como equipes inteiras atuarão juntas para melhores resultados. Um laboratório oficina de longa duração que invista neste tipo de ensino pode ser uma excelente forma de desenvolver maior autonomia e interessantes competências nos alunos.
3. Projetar um produto ou serviço para a comunidade
Desenvolver cidadania é um dos objetivos propostos pela BNCC. Por meio de projetos colaborativos os estudantes podem imaginar produtos ou serviços que sejam úteis às pessoas que fazem parte da comunidade que circunda a escola. Esta é uma forma de criar uma rede de apoio e inovação que, além de melhorar a vida na comunidade, poderá ser estendida, posteriormente, a outros grupos e locais. A atuação ativa dos alunos no ambiente que os cerca cria senso de pertencimento, consciência saudável da coletividade e ensina a valorizar a interação e qualidade de vida em variados ambientes.
Os benefícios para estudantes e para a escola são inúmeros. E além do mais, nada melhor que ser pioneiro em iniciativas que moldarão o futuro, não é mesmo? Seja você um estudante, um professor ou um gestor, investir em uma educação empreendedora, sugerir e fomentar oportunidades na área, é uma excelente oportunidade de preparar-se para os desafios contemporâneos. Fica a dica!