Especialistas e profissionais da educação ressaltam a importância do protagonismo estudantil nas escolas. Ou seja, o envolvimento do estudante com a sua própria construção de conhecimento. No entanto, um questionamento ecoa. Como abrir espaço, na pedagogia, para que o aluno participe? A resposta está na aprendizagem colaborativa.
Antigamente, os professores entravam na sala de aula e ministravam monólogos. De uns tempos para cá, começou a circular uma certa consciência sobre a necessidade de aulas mais dinâmicas. Porém, apenas o dinamismo se revela insuficiente. As escolas precisam de mais! Foi então que a aprendizagem colaborativa surgiu como recurso e estratégia, com o intuito de horizontalizar a educação e torná-la eficiente.
Na prática, essa estratégia vai além da transmissão de conhecimento por parte dos professores e mobiliza o pensamento do aluno sobre o conteúdo compartilhado. Cria-se um espaço seguro para que ele se manifeste, exponha sua criticidade, levante suas dúvidas, traga suas sugestões e escute o restante da classe.
Para que isso aconteça, a aprendizagem colaborativa parte de alguns pressupostos.
1. O professor se desloca do seu papel de transmissor para transitar entre os papéis de orientador e intermediador dos debates que surgirão em sala de aula. Com seu conhecimento e sua didática, vai guiar a turma por um caminho de educação colaborativa, na qual todos e todas participam como agentes e não mais como meros expectadores.
2. Além disso, o professor precisa desenvolver a sensibilidade para chamar todos os componentes da turma para a participação. É bem verdade que uns são mais extrovertidos que outros, mas a aprendizagem precisa ser o mais coletiva possível!
3. É fundamental que o professor, em conjunto com a turma, pense na aplicabilidade do conteúdo. Dessa forma, ele transcende a dimensão da teoria e chega à prática de forma visível, palpável e palatável.
Essa estratégia, iniciada em sala de aula, beneficia toda a sociedade, pois forma cidadãos críticos e participativos nas tomadas de decisões, na concepção de soluções e no engajamento social.
Sendo assim, toda escola deve pensar em modos de aplicar a aprendizagem colaborativa, tais como: atividades em grupo, debates, atividades manuais, redações, feiras, peças teatrais e uma gama de outras ações que mobilizem pensamento, comunidade e criatividade. Vamos experimentar?